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Farmácias no Líbano fazem greve pela falta de medicamentos no país

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As farmácias no Líbano, atingido pela crise, começaram uma greve indefinida na sexta-feira (9) sobre a falta de medicamentos enquanto o estado sem dinheiro luta para pagar os principais importadores.

O país está enfrentando o que o Banco Mundial chamou de uma das piores crises econômicas do mundo desde a década de 1850, e suas reservas de moeda estrangeira estão se esgotando rapidamente.

Importadores de remédios avisaram no domingo (04) que centenas de medicamentos estavam acabando e que o banco central não pagou aos fornecedores no exterior milhões de dólares em dívidas acumuladas.

A associação de proprietários de farmácias anunciou que haveria uma “greve geral aberta em todo o Líbano” na manhã de sexta-feira.

Ali Safa, um membro da associação, disse que 80% das farmácias permaneceram fechadas em Beirute e outras cidades grandes, e cerca de metade fechou em outras áreas do país.

Alguns medicamentos desapareceram das prateleiras nos últimos meses, obrigando muitas pessoas a apelar nas redes sociais para obter ajuda para encontrá-los, inclusive de amigos e familiares no exterior.

O chefe do sindicato dos importadores de remédios, Karim Gebara, disse no domingo que alguns remédios para tratar doenças cardíacas, hipertensão, diabetes, câncer e esclerose múltipla já estavam fora de estoque.

Ele disse que isso acontecia porque o banco central não estava liberando dólares e os importadores não podiam mais abrir linhas de crédito.

O banco central disse na segunda-feira (5) que destinaria US $ 400 milhões para apoiar produtos essenciais, incluindo medicamentos e farinha.

Gebara disse que o banco central prometeu US $ 50 milhões por mês  para remédios, que cobririam apenas metade das contas correntes dos importadores.