Milhares de pessoas lotaram os subúrbios ao sul de Beirute neste domingo (23) para acompanhar o funeral de Sayyed Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah morto em setembro de 2024. O cortejo, marcado por homenagens e forte comoção, ocorre em meio a um contexto de tensão crescente na região.
Enquanto os apoiadores do Hezbollah prestavam suas últimas homenagens, Israel elevou o tom das provocações. O porta-voz do exército israelense, Avichay Adraee, utilizou a rede social X para questionar o luto dos seguidores de Nasrallah. “Você está de luto por um homem que fez do Líbano um estado falido? Daquele que vendeu seu futuro para garantir os interesses do Irã? Aquele que destruiu a economia e envolveu o país em guerras absurdas?”, escreveu.
Ele ainda afirmou que “desde que Nasrallah assumiu o comando do Hezbollah, o Líbano só viu colapso”, encerrando sua publicação com a provocação: “A todos aqueles que hoje o lamentam, pergunto se estão realmente tristes ou em negação.”
A declaração de Adraee ocorre em um momento delicado, no qual a população libanesa acompanha um dos funerais mais marcantes da história recente do país. As palavras do porta-voz israelense foram vistas por muitos como uma tentativa de inflamar ainda mais as tensões regionais, em um cenário já instável.
A segurança foi reforçada em toda Beirute, diante do risco de novos ataques ou represálias. O funeral de Nasrallah não apenas marca o fim de uma era no Hezbollah, mas também levanta questionamentos sobre o futuro do Líbano e a escalada do conflito com Israel.
