Beirute- O Brasil, lar da maior comunidade libanesa fora do Líbano, abriga também uma expressiva presença de médicos libaneses e seus descendentes, que se destacam como figuras centrais no cenário médico do país. A influência dessa comunidade vai além das fronteiras da história e da cultura; ela representa uma verdadeira potência na medicina brasileira. Nos hospitais de maior renome, muitos dos profissionais mais respeitados têm raízes libanesas, moldando a medicina do Brasil com sua experiência e dedicação.
Entre os mais proeminentes nomes está o doutor Fares Georges Abdulmassih, cardiologista de destaque. Nascido no Pará, norte do Brasil, e atual presidente da Associação Médica Líbano-Brasileira (AMLB). Com uma carreira consolidada, Abdulmassih é amplamente reconhecido no país, não apenas pela sua competência médica, mas também pelo seu engajamento com causas sociais. Ele é um exemplo de como médicos libaneses no Brasil têm utilizado seu conhecimento para promover a inclusão e ajudar aqueles que enfrentam dificuldades, especialmente no campo da saúde.
Além de seu papel na AMLB, Abdulmassih é uma figura chave no apoio a projetos como o Saha Brasil, uma iniciativa filantrópica que oferece atendimentos médicos especializados a refugiados em solo brasileiro. Idealizado pelo renomado médico Riad Younes, o projeto é desenvolvido por médicos libaneses e árabes, com o objetivo de proporcionar assistência essencial a populações em situação de vulnerabilidade. Iniciado no Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), o projeto hoje é realizado no Hospital do Coração (HCor), em São Paulo, e segue sendo um símbolo da solidariedade e do compromisso humanitário dessa comunidade no Brasil.
A contribuição dos médicos libaneses no Brasil é imensa e vai além de sua excelência técnica. Eles se tornaram agentes de mudança social e transformadores do sistema de saúde, atuando com responsabilidade e empatia em um país que os acolheu. A presença dessa comunidade reflete um legado de solidariedade e inovação, reforçando os laços entre o Brasil e o Líbano e demonstrando o impacto positivo que a integração cultural e científica pode gerar para toda a sociedade.