Na Assembleia Geral da ONU, o emir do Catar, sheikh Tamim bin Hamad Al Thani, condenou o ataque de 9 de setembro contra a delegação do Hamas em Doha, classificando a ação como um “assassinato político” que mina os esforços diplomáticos para encerrar o conflito.
O emir descreveu Israel como um “estado desonesto” que engana sua própria população ao negociar publicamente enquanto, nos bastidores, busca eliminar seus interlocutores. Segundo ele, esse comportamento torna quase impossível qualquer avanço para a paz.
De acordo com o discurso, Israel utiliza as negociações como extensão da guerra, para iludir a opinião pública e enfraquecer adversários políticos. O objetivo final, afirmou, é destruir Gaza a ponto de torná-la inabitável, sem acesso a educação ou saúde.
A fala recebeu atenção especial na Assembleia, por destacar a contradição entre o discurso diplomático e a prática militar de Israel, além de alertar para os riscos de um colapso humanitário irreversível.
