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Enviado dos EUA pede retirada de Israel do Líbano após aprovação de plano para desarmar Hezbollah

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Nabih Berri, presidente do Parlamento libanês, se encontra com os enviados dos EUA Tom Barrack e Morgan Ortagus na capital libanesa, Beirute, para discutir questões políticas relacionadas às armas do Hezbollah. Imagem: Parlamento libanês

O enviado especial dos Estados Unidos, Tom Barrack, pediu a Israel que se retire do território libanês depois que o governo do Líbano aprovou um plano para desarmar o Hezbollah até o final do ano, em troca do fim dos ataques militares israelenses em solo libanês.

“Sempre há uma abordagem passo a passo, mas acho que o governo libanês fez a sua parte. Eles deram o primeiro passo. Agora, o que precisamos é que Israel cumpra esse aperto de mão igualitário”, declarou Barrack na segunda-feira (18), após se reunir com o presidente libanês Joseph Aoun.

O plano, apoiado pelos Estados Unidos, estabelece um roteiro em quatro fases para que o Hezbollah entregue seu arsenal, enquanto o exército israelense interrompe operações terrestres, aéreas e marítimas e retira suas tropas do sul do Líbano.

Apesar da recusa direta do Hezbollah em se desarmar, o gabinete do Líbano aprovou o plano em 7 de agosto, levantando preocupações sobre uma possível intensificação dos ataques israelenses. Desde a aprovação, Israel tem mantido violações quase diárias da trégua assinada em novembro para encerrar a guerra com o Hezbollah.

Barrack descreveu a decisão libanesa como um gesto que exige a cooperação de Israel e disse que os Estados Unidos estão discutindo com Tel Aviv sua posição, sem fornecer detalhes adicionais.

Ao ser questionado sobre a expectativa de ver Israel se retirar totalmente do território libanês, o enviado afirmou que “esse é exatamente o próximo passo necessário”.

“Há cooperação de todos os lados. Não estamos aqui para intimidar ninguém. Os resultados positivos beneficiarão o Hezbollah, o Líbano e Israel”, concluiu Barrack.