
Pelo menos 39 jornalistas foram mortos em pouco mais de um mês de guerra de Israel em Gaza – mais do que o dobro do número de vítimas mortais em um ano e meio de guerra entre Rússia e Ucrânia – no que foi descrito como “o mês mais mortal para jornalistas”.
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) diz que 39 jornalistas, 34 deles palestinos, foram mortos desde o início do último conflito, em 7 de outubro. Pelo menos quatro israelenses e um jornalista libanês estão entre os que perderam a vida na guerra. A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), com sede em Paris, calculou o número de mortos em 41.
Israel também foi acusado de violar as leis de guerra devido ao seu bombardeio indiscriminado na Faixa de Gaza, matando mais de 10.500 palestinos, a maioria civis. O ataque do Hamas dentro de Israel em 7 de outubro matou mais de 1.400 pessoas.
Atacar intencionalmente jornalistas e civis é considerado um crime de guerra de acordo com o Direito Internacional Humanitário. Os jornalistas devem ter liberdade e proteção para realizar seu trabalho sem interferências indevidas.
Mas nas primeiras semanas da guerra, o exército israelense emitiu um comunicado a agências de notícias internacionais, afirmando que não poderia garantir a segurança de seus jornalistas que operam na Faixa de Gaza.
“Com seus ataques aéreos arbitrários, as Forças Armadas israelenses estão eliminando jornalistas um após o outro sem restrições, enquanto seus comentários inaceitáveis traem um desprezo aberto pelo Direito Internacional Humanitário”, disse Jonathan Dagher, chefe do escritório da RSF no Oriente Médio, em um comunicado.