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Massad Boulos, Conselheiro dos EUA para o Oriente Médio, Fala sobre Estratégias Contra o Hezbollah

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Segundo Boulos, uma das principais estratégias de Washington é bloquear o fluxo de recursos ao grupo, seja do Irã ou de outras fontes externas. Reprodução X

O libanês-americano Massad Boulos, recentemente nomeado conselheiro para o Oriente Médio pelo governo dos Estados Unidos, revelou, em entrevista à MTV, detalhes sobre as estratégias adotadas pelo governo americano para combater o financiamento ao Hezbollah. De acordo com Boulos, uma das principais iniciativas de Washington é bloquear o fluxo de recursos destinados ao grupo, seja proveniente do Irã ou de outras nações.

Massad Boulos, que é pai de um dos genros de Donald Trump, foi nomeado para o cargo em dezembro de 2024, e tem trabalhado intensamente para alinhar as políticas dos EUA na região com os interesses de segurança e estabilidade. Em sua entrevista, Boulos enfatizou que a administração de Joe Biden está comprometida em combater o financiamento de grupos considerados terroristas, com foco específico no Hezbollah, que tem sido um alvo central das ações do governo americano.

“O objetivo principal é impedir que qualquer tipo de financiamento chegue ao Hezbollah, seja por meio do Irã ou de outras fontes externas que possam apoiar suas atividades”, afirmou Boulos. Ele também destacou a importância da colaboração com aliados internacionais para garantir que essas redes de financiamento sejam desmanteladas, o que, segundo ele, é fundamental para a segurança no Líbano e em outras partes do Oriente Médio.

A administração dos EUA tem adotado uma abordagem mais rígida em relação ao Hezbollah, classificando-o como uma organização terrorista desde os anos 1990. O Hezbollah, que opera principalmente no Líbano, é visto por muitos países ocidentais como um braço militar do Irã, envolvido em atividades de desestabilização na região. O grupo tem enfrentado sanções internacionais e críticas devido às suas ações militares e políticas, que vão desde ataques a Israel até seu envolvimento em conflitos na Síria.

Boulos também abordou as complexas relações diplomáticas no Oriente Médio, onde os interesses dos EUA frequentemente entram em conflito com as influências regionais, como as do Irã. O conselheiro americano enfatizou que, apesar das tensões, a diplomacia continuará sendo um pilar central da política dos EUA, ao mesmo tempo em que o combate ao financiamento de grupos armados e terroristas se mantém como uma prioridade.

A nomeação de Boulos reflete um esforço crescente dos EUA para reforçar sua presença e influência no Oriente Médio, em um momento em que a dinâmica política e as alianças regionais estão em constante mudança. A entrevista levantou questões sobre os próximos passos dos EUA na região e como as suas estratégias de segurança se alinharão com as necessidades de seus aliados, especialmente no que diz respeito ao Líbano e aos desafios impostos pelo Hezbollah.