
O número de mulheres no Líbano morrendo por complicações relacionadas à gravidez quase triplicou em meio a uma crise econômica esmagadora de três anos que viu médicos e parteiras deixarem o país, informou a agência das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) nesta quarta-feira.
A crise também está afetando as crianças, especialmente entre os refugiados sírios que fugiram pela fronteira para o Líbano.
A UNICEF disse que um terço das crianças não poderia ter acesso à saúde até outubro de 2021, e o número de crianças que morrem nas primeiras quatro semanas após o nascimento “aumentou drasticamente entre os refugiados em quatro províncias avaliadas, passando de 65 mortes neonatais no primeiro trimestre de 2020 para 137 no terceiro trimestre”.
“O Líbano obteve um sucesso notável na redução das mortes maternas, mas o número voltou a subir entre 2019 e 2021, de 13,7 para 37 mortes por 1.000 nascidos vivos”, disse a agência em relatório.
Faysal al-Kak, coordenador do Comitê Nacional de Maternidade Segura do Líbano, disse que o número de mortes maternas aumentou em grande parte devido à variante do coronavírus delta em 2021, mas disse que a crise também foi um fator.