
No Brasil, o Consulado do Líbano no Rio de Janeiro, por meio do cônsul, Alejandro Bitar está se preparando para à criação da 1ª Academia Líbano-Brasileira de Literatura, Artes e Ciências. Na manhã desta segunda-feira (29), o cônsul esteve reunido no Rio, com o escritor Carlos Nejar, membro da Academia Brasileira de Letras, para dar início à criação no país.
Na ocasião, foram discutidos assunto como, o planejamento da Academia, estatuto e os membros a serem convidados.
O poeta, ficcionista, tradutor e crítico literário de origem libanesa, Carlos Nejar, será o patrono da Academia e de acordo com informações do Consulado do Rio, o lançamento deverá ocorrer ainda em 2022.
Para o professor e escritor brasileiro, Leonardo Tonus, estudioso das migrações na literatura, o primeiro autor a colocar o imigrante árabe como personagem principal na literatura brasileira foi Raduan Nassar, com o livro Lavoura Arcaica de 1975. “O livro dele traz essa questão da memória traumática do processo migratório, que depois vai ser retomada com [Marcelo] Maluf. Mas eu diria que Lavoura Arcaica é um dos primeiros livros que traz o migrante como personagem principal, sobretudo de um livro que tem grande difusão para o Brasil todo e que aí traz esse imaginário para o mundo brasileiro”, disse.
A criação da Academia Líbano-Brasileira de Literatura, Artes e Ciências objetiva cultivar e preservar a criatividade literária, intelectual, artística e os valores culturais do Líbano e árabes no Brasil.