
Nesta segunda-feira (05), no saguão de embarque do aeroporto, turistas e famílias de origem libanesa que vieram para sua terra natal no verão faziam fila para fazer o check-in de seus voos de partida, tristes por partirem mais cedo do que o esperado.
Países, incluindo Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Omã, Bahrein, Catar, Alemanha, Japão, Reino Unido e Canadá, emitiram alertas semelhantes, pedindo a seus cidadãos que evitem viajar para o Líbano e, se já estiverem aqui, que saiam enquanto opções comerciais estiverem disponíveis.
O exército canadense já está preparando planos de evacuação para até 20.000 cidadãos.
Vários organizadores de shows no Líbano anunciaram o adiamento de eventos de alto nível após um ataque aéreo israelense a um prédio residencial em Beirute. Companhias aéreas estão interrompendo voos.
O ataque israelense, que ocorreu na terça-feira à noite, matou sete pessoas, incluindo duas crianças. O exército israelense alegou que o ataque teve como alvo Fuad Shukr, membro do Hezbollah.
O promotor de shows Hussein Kaseera concelou a apresentação do cantor egípcio Tamer Hosny, programada para 3 de agosto, assim como o show do cantor sírio Assala Nasri, planejado para 10 de agosto, após tensões aumentarem.
“É muito triste, meu Deus, a situação é realmente triste. Saímos de uma crise, entramos em outra”, disse Sherin Malah, uma cidadã libanesa que mora na Itália, que veio ao Líbano para visitar sua mãe e estava voltando para casa mais cedo.
Mas outros no Líbano pareciam mais relaxados. Ao longo da costa da cidade portuária de Tiro, no Líbano, a cerca de 20 km da fronteira com Israel, crianças brincavam na água enquanto fumaça preta do bombardeio israelense mais ao sul subiam.
“Quanto à situação atual, como vocês podem ver, todas as pessoas estão na praia, esta terra é nossa e não vamos deixá-la”, disse o morador de Tiro, Ghalib Badawy.