Barakat é apontado pelo governo norte-americano como financiador do grupo terrorista Hezbollah na tríplice fronteira.
A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (21), o libanês Assad Ahmad Barakat, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Barakat é acusado pelo governo norte-americano de ser um forte financiador do Hezbollah na tríplice fronteira entre o Brasil, Argentina e Paraguai. Em nota emitida pela PF, explica que Barakat foi preso pelo crime de falsidade ideológica decretada pela justiça Paraguai, no último dia 31 de agosto, quando foi enviado um alerta internacional.
Com a articulação entre o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional da Secretaria Nacional de Justiça (DRCI/SNJ) e a Polícia Federal, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou na última quarta-feira (19) a prisão preventiva do libanês, que era considerado foragido.
Barakat ainda é acusado de comandar um grupo que usava cassinos argentinos para lavagem de dinheiro. De acordo com a PF, o libanês mantém ligações com o Hezbollah e lavava dinheiro em cassinos de Puerto Iguazú, cidade argentina, que faz fronteira. O Governo da Argentina congelou os bens de Barakat.
Segundo nota emitida pela assessoria de imprensa do Ministério da Justiça, o DRCI deverá receber o pedido de extradição de Barakat enviado pelas autoridades paraguaias. O libanês será submetido a julgamento pelo STF e se a Suprema Corte aceite o pedido de extradição feito pelo Paraguai, caberá também ao DRCI articular com o Departamento de Polícia Federal e com as autoridades estrangeiras, a entrega do foragido à Justiça paraguaia.
No Twitter, a procuradora geral paraguaia, Sandra Quiñonez Astigarraga, informou que no Paraguai existe um pedido de extradição contra o Barakat e agradeceu o trabalho da Polícia Federal do Brasil.
Até o momento Barakat continua preso na delegacia de Foz do Iguaçu. A nossa equipe de reportagem está tentando contato com a defesa do libanês para mais informações.