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Consulado queniano no Líbano é alvo de protesto

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Há mais de duas semanas, um grupo formado por cerca de 20 mulheres quenianas, de forma improvida, está acampado na frente do Consulado Geral do Quênia em Beirute. Elas pedem apoio diplomático para deixarem o Líbano. As mulheres querem voltar para casa. Alegam que chegaram para trabalhar no Líbano como empregadas domésticas e foram enganadas por agências de emprego e maltratadas por empregadores.

O protesto começou com um grupo pequeno. Seis mulheres foram para frente do consulado. A informação se espalhou rápido e outras quenianas fugiram das residências onde trabalhavam e agora, passam o dia cantando músicas para encorajar o grupo a ficar forte no movimento. Como um pedido de socorro, elas gritam o tempo todo, “casa, queremos casa”.

São roupas espalhadas por todos os lados. É possível ver muitas mulheres dormindo em colchões espalhados pelas calçadas de Badaro, bairro no coração de Beirute e onde está localizado o consulado queniano.

Com a grave crise econômica que o Líbano enfrenta, inúmeros empregadores não estão conseguindo pagar o salário das empregadas domésticas. Muitas estão sem o passaporte e aguardam um Laissez-Passer (um documento que autoriza a viagem na ausência do passaporte), que deverá ser providenciado pelo consulado do Quênia, mas sem previsão no momento.

Farah Baba,  representante do Movimento Antirracismo, com sede em Beirute, disse que esta não é a primeira vez que o consulado queniano enfrenta críticas. O consulado é administrado por dois libaneses, nomeados pela embaixada queniana mais próxima no Kuwait.

O vice-cônsul honorário do Quênia, Kassem Jaber, negou qualquer irregularidade e disse que “estamos fazendo o nosso melhor para que possamos chegar ao nosso escritório para poder prosseguir com o processo de repatriação”, mas alegou que as mulheres não estavam permitindo que elas entrassem no prédio.