Nabil Qaouq, membro do Conselho Central do Hezbollah, disse na quinta-feira (08) que a “resistência” estava “pronta para todas as eventualidades”, ressaltando que a posição do partido em relação às negociações de trégua era exigir, em primeiro lugar, “o fim da ofensiva israelita em Gaza”.
“A posição do Hezbollah em relação às mediações e negociações em curso hoje é a mesma dos houthis, do Hamas, da Jihad Islâmica e da resistência no Iraque: é pedir primeiro o fim da ofensiva israelense contra Gaza”, declarou Qaouq no funeral em Deir Kifa (Sour) de um membro do partido morto em um ataque israelense.
Segundo ele, apesar das “ameaças diárias” israelenses contra o Líbano, “a resistência não teme nenhuma ameaça e está pronta para todas as eventualidades”. “O Sul será uma arena para derrotas israelenses”, disse.
Ultimamente, várias autoridades israelenses ameaçaram intensificar seus ataques contra o Líbano, quatro meses após o início das hostilidades entre Israel e o Hezbollah, após o ataque do Hamas.
“O Líbano não está a pedir a ninguém que garanta a sua segurança”, acrescentou Qaouq, que considerou que “é antes o inimigo israelita que está a pedir garantias e mediação internacionais” para permitir o regresso dos habitantes das aldeias no norte de Israel, evacuadas há vários meses. Esses habitantes “não confiam na capacidade de seu exército de protegê-los, temem o poder do Hezbollah e consideram que qualquer decisão no sul do Líbano será tomada por Hassan Nasrallah”, continuou.
Desde 8 de outubro de 2023, quando começaram os confrontos ao longo da fronteira sul, o Hezbollah assumiu a responsabilidade diária por vários ataques contra o norte de Israel.
