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Bechara Boutros al-Rai critica tentativa fracassada de eleger um presidente

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O patriarca maronita Bechara Boutros Al-Rai se diz muito preocupado com a situação do Líbano. Imagem: Arquivo Pessoal

O principal clérigo cristão do Líbano disse no domingo (18) que a Constituição e o sistema democrático foram violados a “sangue frio” durante uma tentativa fracassada de eleger um novo presidente na semana passada, e alertou que as divisões no país aumentaram.

O patriarca Bechara Boutros al-Rai falou em seu primeiro sermão desde que Hezbollah e seus aliados mais próximos frustraram uma tentativa de facções, incluindo os principais partidos cristãos, de eleger um funcionário do FMI como presidente.

Os acontecimentos da quarta-feira marcaram a 12ª vez que o Parlamento não conseguiu eleger alguém para o cargo – reservado a um cristão maronita no sistema sectário do Líbano e vago desde que o mandato de Michel Aoun, terminou em outubro.

Rai, um crítico do Hezbollah fortemente, chamou a sessão de quarta-feira de “farsa”.

O impasse se desenrolou em linhas sectárias, com partidos cristãos apoiando Jihad Azour, diretor do FMI para o Oriente Médio e ex-ministro das Finanças, e Hezbollah e Amal contra ele.

Rai disse que a “ferida” da divisão se ampliou em um momento em que a unidade era necessária no Líbano, que está atolado em uma crise financeira desde 2019, mas não explicou o que quis dizer com a violação na sessão parlamentar. Azour obteve votos de 59 dos 128 parlamentares, abaixo dos 86 necessários para vencer uma votação no primeiro turno. Suleiman Frangieh, um cristão apoiado pelo Hezbollah, obteve 51.

O presidente do Parlamento, aliado do Hezbollah, Nabih Berri, encerrou a sessão quando o Hezbollah e seus aliados se retiraram, negando quórum para um segundo turno, quando são necessários 65 votos para vencer.

O arcebispo ortodoxo grego Elias Audi, em seu sermão de domingo (18), criticou o Hezbollah e seus aliados, sem nomeá-los, dizendo que aqueles que se retiraram pareciam “desinteressados” no Líbano.