
O chef Ramzi Choueiri, uma dos maiores nomes da cozinha libanesa morreu no domingo (18), aos 52 anos. Ele teve morte confirmada após um infarto.
Choueir era respeitado em todo os países do Oriente Médio e referência no mundo da gastronomia libanesa. Nascido em Beirute em 1971, o chef trouxe as cores de seu país e da gastronomia nacional para as maiores mesas do mundo, deixando um legado culinário marcante. Ele ganhou inúmeros prêmios e distinções, incluindo a Medalha de Mérito, concedida em 2003 pelo presidente Émile Geamil Lahoud. Ele também estabeleceu quatro recordes mundiais do Guinness, para as maiores porções de homus, tabbouleh, falafel e fatteh. Dois desses títulos ele detém até hoje.
Entre 1993 e 2010, o chef Ramzi revolucionou a arte da culinária libanesa e oriental ao lançar o primeiro programa de culinária ao vivo do mundo árabe, que alcançou até 10 milhões de espectadores diários, de acordo com uma biografia disponível em seu site. Seu livro, Culinary Encyclopedia, lançado em 1997, quebrou recordes de vendas sem precedentes no mundo árabe e ganhou o prestigioso Prix Gourmand em 2003.
Em 2018, o chef Ramzi decidiu abandonar sua carreira atrás do fogão para se dedicar inteiramente ao Al-Kafaat, uma fundação fundada por seu pai Nadim Choueiri que oferece atendimento gratuito a milhares de crianças com necessidades especiais e de origens desfavorecidas. O chef era CEO do Al-Kafaat desde 2015, e um dos recordes mundiais do Guinness que ainda detém foi alcançado em em nome da fundação 2017.
Formado em direito e economia pela Universidade de Lyon, na França, o chef Ramzi estudou artes culinárias na Universidade de Londres. Mais tarde, foi homenageado como membro da União Francesa de Pâtissiers-Boulangers.
O chef Ramzi também foi nomeado embaixador da culinária árabe da Qatar Airways no mundo; conselheiro culinário pessoal do exército jordaniano, nomeado pelo rei Abdullah e pela rainha Rania; e embaixador para o Oriente Médio e Norte da África da empresa holandesa Princesse.