Bassam Hussein (42), depositante que invadiu o Banco Federal do Líbano, em Beirute, no bairro de Hamra, permanecerá preso. Por seis horas, mantendo funcionários e alguns clientes do banco com reféns, ele exigiu que as economias fossem liberadas. Depois de muita negociação, ele resolveu se entregar e libertar os reféns.
Hussein foi detido e interrogado na noite de quinta-feira (11). Os promotores decidiram não o libertá-lo após a primeira rodada de interrogatórios. Ainda não está claro se o banco ou os reféns apresentarão queixa contra Hussein.
Familiares e apoiadores do depositante bloquearam uma estrada na manhã desta sexta-feira (12) em protesto contra sua detenção.
Hussein, jogou no interior do prédio gasolina, ameaçou matar os reféns na filial do Banco Federal do Líbano. Ele pedia o resgate dos US$ 210.000 para pagar o tratamento médico de seu pai.
Seu irmão Atef havia dito aos jornalistas que Hussein “quer apenas o dinheiro para pagar as contas do hospital”.
Ele disse ainda que o irmão pegou a arma “do banco e não a levou com ele”.
Em 2019, os bancos impuseram controles de capital informais, restringindo severamente o acesso à moeda forte, o que agravou as dificuldades que as pessoas no Líbano enfrentam.
Os bancos no Líbano pararam de dar dólares aos depositantes, permitindo saques apenas em libras libanesas muito desvalorizadas.