Em 4 de agosto de 2020, uma explosão devastadora em um depósito destruiu grande parte do centro da capital libanesa, Beirute. Muitos bairros foram destruídos, o centro de Beirute parecia uma zona de guerra. Centenas de pessoas desaparecidas, 214 mortos, 6500 feridos. Até agora nenhum responsável foi identificado ou responsabilizado. As famílias seguem sem respostas.
O relatório do FBI, divulgado dias antes do primeiro ano da explosão no porto de Beirute, afirma que 80% do nitrato de amônio tinha desaparecido antes da explosão.
O ex-primeiro ministro do Líbano, Saad Hariri, postou no Twitter: “Quando os países estão passando por grandes crises e um crime do tamanho da explosão do porto acontece, que foi classificado como a terceira maior explosão da história; deve haver decisões excepcionais tomadas para medir a extensão do crime. ”
عندما تمر الدول بأزمات كبرى، وتقع فيها جريمة بحجم جريمة #مرفأ_بيروت، التي تمّ تصنيفها ثالث أكبر إنفجار بتاريخ العالم. على الدول، وعلى القوى السياسية فيها، أن تأخذ قرارات إستثنائية بحجم الجريمة. #ما_في_كبير_قدام_الحقيقة
— Saad Hariri (@saadhariri) July 27, 2021
A crise econômica que o país enfrentava desde 2019, agravou -se ainda mais. A pandemia foi mais um obstáculo para o Líbano. Sem remédios, farmacêuticos entraram em greve e fecharam os estabelecimentos. O cidadão vive o tormento de buscar por medicamento e não encontrá-lo.
A escassez de medicamentos está tirando a vida de pessoas, sendo a última Zahra Tleis. Ela morreu aos 10 meses, segundo familiares, devido a falta de medicamento necessário. Os seus pais não conseguiram encontrar o remédio no Líbano. O Ministério da Saúde do Líbano investiga o caso.

Também falta combustível no país, assim como energia elétrica.
A moeda local desvalorizou em 90% e o poder de compra do libanês caiu. Sem o mínimo para garantir a segurança do país, o exército libanês pediu ajuda Internacional. Agora conta com o apoio das grandes potências mundiais para manutenção das necessidades básicas, como a alimentação.
Uma pequena parte da população segue frequentando restaurantes, bares e fazendo luxuosas festas de casamentos. Um contraste com o que aponta um estudos da Universidade Americana de Beirute, que demostra que a maioria dos libaneses enfrentam um grande desafio para colocar comida na mesa.

A Unicef pediu medidas imediatas para garantir água potável para o Líbano. No alerta, a Unicef explica que em poucas semanas o país enfrentará um colapso no fornecimento de água, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Mais de 71% da população do país – mais de 4 milhões de pessoas, incluindo 1 milhão de refugiados – correm o risco imediato de perder o acesso à água potável. A UNICEF explica que perder o direito e a necessidade de acesso à água potável seria devastador.