A segunda-feira (25) está sendo marcada por muita tristeza e a revolta, em Trípoli, no norte do Líbano. Hoje estão ocorrendo os funerais de migrantes libaneses, sírios e palestinos, que morreram na noite de sábado (23), no naufrágio, quando tentavam fugir da grave crise econômica libanesa. As autoridades confirmaram seis mortes, entre elas, de uma criança. Quarenta e oito pessoas foram resgatadas até o momento e outras 30 continuam desaparecidas. A Cruz Vermelha do Líbano informou que os trabalhos de buscas continuam.
A agência de refugiados da ONU (ACNUR), informou nesta segunda-feira que pelo menos 84 pessoas estavam a bordo do barco antes de afundar a cerca de 5,5 km da costa libanesa.
Tiroteio foi ouvido em Trípoli por causa dos funerais. Nada parecido com os movimentos de domingo, onde as ruas foram tomadas por manifestantes.
Um vídeo compartilhado nas redes sociais também mostra uma faixa pendurada em frente a um luxuoso iate atracado em Nice (sudeste da França), pertencente ao primeiro-ministro Mikati, no qual está escrito: “Os cidadãos de Trípoli estão sendo assassinados pelo dono deste iate”.
Em Beirute, cidadãos também atacaram o ministro da Energia Walid Fayad quando ele deixou um restaurante no bairro de Ashrafieh e o acusaram de estar bêbado enquanto pessoas naufragadas ainda estão desaparecidas.
