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Hariri quer justiça pela morte do pai

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Líder do Hezbollah disse que o julgamento não terá valor para eles.

Saad Hariri, primeiro-ministro do Líbano, exige que os quatro membros do Hezbollah, Salim Ayyash, Hussein Oneissi, Assad Sabra e Hassan Habib Merhi, acusados de planejarem e executarem o atentado que resultou na morte do seu pai, Rafik Hariri, sejam condenados durante o julgamento que acontece na Capital, Beirute. Os suspeitos continuam foragidos. Eles estão sendo julgados à revelia e os advogados de acusação, acreditam que seja improvável que os acusados compareçam ao Tribunal Especial, que foi criado para investigar o atentado que matou Hariri com base em Haia e é formado por promotores de diferentes nacionalidades. O julgamento começou em 2014 e deve durar até 2019.

Os promotores explicam que Hariri, ex-ministro e um grande bilionário libanês no segmento da construção civil, foi alvo de membros do Hezbollah, em 2005, devido à oposição do premiê à presença síria no Líbano. Ele era muçulmano sunita, de viés laico. Quando sofreu o atentado, ele era líder da oposição libanesa.
O atentado resultou na morte do ex-ministro e outras 21 pessoas, no dia 14 de fevereiro de 2005, quando o comboio de seis carros passava próximo da Marina de Beirute e foi atingido por um carro-bomba, uma van. A explosão foi tão grande, que abriu crateras no asfalto. O atentado, segundo as autoridades locais, deixou mais de 200 pessoas feridas devido a forte explosão.

O filho de Hariri disse no Tribunal Especial, que a Síria tinha um grande problema com o seu pai, “ele lidaria com essa questão. Nós exigimos justiça, assim, o Líbano ficará protegido. Não queremos vingança, buscamos pela verdade”, explicou o primeiro-ministro.

Já o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, não entregou os suspeitos e alertou o tribunal, “estão brincando com fogo”. O atual presidente sírio, Bashar al-Assad disse que o julgamento é apenas uma forma de pressionar o Hezbollah.

No mês passado, Nasrallah disse que o julgamento não teria nenhuma importância para eles, “as decisões do julgamento não terão nenhum valor para nós”, reforçou o líder em um discurso no último dia 27 de agosto.