O secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, anunciou nesta quinta-feira (19), que um carregamento de combustível partirá do Irã para o Líbano em poucas horas, e mais embarques seguirão, avisando os Estados Unidos e Israel que o navio estará em território libanês assim o mais breve possível. Hezbollah já havia anunciado que está trabalhando para trazer combustível do Irã em um momento em que o Líbano sofre com uma grave escassez de eletricidade e gasolina.
“Se Deus quiser, este navio e os outros chegarão salvos”, disse Nasrallah em um discurso televisionado por ocasião da Ashura.
Ele se dirigiu aos libaneses, dizendo: “Por 40 anos, o Irã não interferiu nos assuntos libaneses, e nossa decisão está em nossas mãos. Não somos ferramentas para ninguém, e não somos escravos, como outros são para seus senhores”.
Ele acredita que a embaixada dos EUA está conduzindo a guerra econômica e midiática contra o Líbano e está por trás do incitamento, considerando que a embaixada dos EUA não é uma representação diplomática, mas sim uma embaixada de cumplicidade contra o povo libanês, “Digo àqueles que dependem dos americanos e de sua embaixada em Beirute que levem em consideração a experiência do Afeganistão”.
E explicou, “há quem esteja de dentro e de fora tentando nos responsabilizar pela falta de formação do governo, e isso não é verdade”. Ele enfatizou que o Irã nunca interferiu na formação ou ruptura de qualquer governo no Líbano, mas há partidos externos que o fazem.
Sobre a crise de vida, especialmente na questão dos combustíveis, Nasrallah disse que “a descoberta das forças de segurança de milhões de litros de gasolina e diesel confirma que a crise é fabricada”.
Ele ressaltou que o Estado e as forças de segurança devem colocar os hediondos monopolistas nas prisões até que essa humilhação pare.
Ele elogiou o trabalho do exército e das forças de segurança, “Devemos apreciar os sacrifícios do exército libanês e das forças de segurança para aliviar o sofrimento dos libaneses, e qualquer ataque ao exército libanês é condenado e vergonhoso”.