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Número de feridos em ataques israelenses no sul do Líbano sobe para 24

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Israel faz novos ataques no sul do país. Imagem: Reprodução de Vídeo

Os ataques aéreos israelenses no sul do Líbano deixaram pelo menos 24 feridos na noite desta terça-feira (28), aumentando as tensões na região apesar do cessar-fogo em vigor há mais de seis semanas. O Ministério da Saúde libanês confirmou os números e classificou os bombardeios como uma violação do acordo de trégua.

De acordo com a Agência Nacional de Notícias (ANN), um drone israelense lançou um ataque com míssil guiado contra um pequeno caminhão que transportava vegetais na cidade de Nabatieh, ferindo pelo menos 20 pessoas. Momentos depois, outro ataque atingiu a estrada entre Zawtar e Nabatieh, deixando mais quatro feridos.

O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, condenou os ataques, chamando-os de “uma nova violação da soberania libanesa e uma infração flagrante do cessar-fogo.” Mikati afirmou que o governo libanês levará o caso ao Conselho de Segurança da ONU, pedindo maior intervenção internacional para garantir a estabilidade da região.

O porta-voz militar israelense, Avichay Adraee, confirmou os ataques e alegou que os alvos eram veículos do Hezbollah que estavam transportando armas. Israel tem intensificado sua campanha contra alvos do grupo libanês, argumentando que os ataques são parte de uma estratégia de “defesa preventiva.”

Escalada das tensões e impacto na população civil

A situação no sul do Líbano tem se deteriorado nas últimas semanas. Moradores locais relataram um aumento na presença de drones de reconhecimento e temem novos bombardeios, especialmente em áreas civis.

Os recentes ataques em Nabatieh ocorrem em um momento delicado, quando o governo libanês tenta restaurar a confiança da comunidade internacional e atrair investimentos estrangeiros. A saída do bilionário Khalaf Ahmad Al Habtoor do Líbano na semana passada, citando instabilidade e falta de garantias para investidores, foi um golpe para a economia do país.

Com a escalada da violência, organizações humanitárias alertam para o risco de uma nova crise de deslocamento interno no Líbano, um país já sobrecarregado por refugiados e problemas econômicos. Hospitais na região sul relataram dificuldades em lidar com a crescente demanda por atendimento médico devido à escassez de insumos.

Próximos passos

O governo libanês pediu uma reunião emergencial com representantes da ONU para discutir a violação do cessar-fogo e buscar medidas para evitar novos ataques. O Conselho de Segurança da ONU já havia solicitado, no início do mês, o reforço do monitoramento da trégua na região.

Enquanto isso, a população do sul do Líbano segue em estado de alerta, temendo que o atual conflito local possa se transformar em uma escalada ainda maior entre Israel e Hezbollah.