A ONU alertou que o número de palestinos empobrecidos no Líbano aumentou substancialmente, alimentando uma “dramática crise humanitária” à medida que a economia do país entra em colapso.
Nos últimos três anos, o Líbano esteve no meio de uma das piores crises econômicas da história mundial recente, segundo o Banco Mundial.
Dois terços das famílias de refugiados palestinos no Líbano reduziram o número de suas refeições diárias, disse Leni Stenseth, vice-comissária-geral da Agência das Nações Unidas para refugiados palestinos (UNRWA), dirigindo-se a repórteres em Beirute.
Sua declaração vem dias depois que a UNRWA “urgentemente” apelou para o financiamento de US$ 13 milhões para assistência em dinheiro às famílias, serviços de saúde primária e para manter as escolas da agência abertas até o final deste ano.
O Líbano abriga cerca de 210.000 refugiados palestinos, incluindo 30.000 que fugiram da Síria devastada pela guerra em 2011, de acordo com a UNRWA.
A cólera se espalhou principalmente entre os refugiados sírios no Líbano, mas nenhum caso foi relatado até agora em campos palestinos.
“É melhor agir agora e nos fornecer o que precisamos”, disse ela, em referência às necessidades de financiamento da agência, “em vez de responder tarde demais”.
