O português teria sido parado por agentes da Polícia de Investigação do Chile quando chegou a Santiago em um voo da Espanha. Ele foi enviado de volta para Madri, segundo a polícia chilena. Onde será recebido de acordo com a legislação espanhola e as instruções da Interpol.
O mandado de prisão diz que ele é procurado por seu envolvimento em trazer “elementos explosivos” para o Líbano que estavam ligados à enorme explosão no porto de Beirute em 4 de agosto de 2020, disse o oficial da polícia aeroportuária Christian Saez.
Entenda o Caso
Em janeiro de 2021, a Interpol tinha emitido um mandado contra o comerciante português que, em 2014, examinou o armazém no porto de Beirute onde estava o carregamento de nitrato de amónio.
Após o mandado da Interpol ao funcionário português, a FEM explicou que este visitou o porto de Beirute em 2014 como prática profissional habitual. A FEM é detida pela empresa Moura, Silva & Filhos, com sede na Póvoa de Lanhoso, distrito de Braga.
Quase dois anos após o desastre de Beirute, a investigação continua morosa e os familiares das vítimas seguem buscando por justiça.
A explosão, anunciada como uma das mais poderosas detonações artificiais não nucleares da história, levou o governo libanês a declarar estado de emergência durante duas semanas, em resposta ao desastre. Mais de 200 pessoas foram mortas, outras 6500 ficaram feridas e 300 mil famílias ficaram desabrigadas.