Potências ocidentais e regionais alertaram que reconsiderarão “todos os laços” com o Líbano se o Parlamento não conseguir eleger um presidente em meio ao agravamento da crise financeira, informou o gabinete do primeiro-ministro nesta segunda-feira (13).
O aviso veio depois que os embaixadores ou representantes dos Estados Unidos, França, Arábia Saudita, Qatar e Egito se encontraram com o primeiro-ministro Najib Mikati em Beirute.
“Deixar de eleger um novo presidente significa que todos os laços com o Líbano serão reconsiderados”, disse um comunicado conjunto dos cinco países.
O “apoio real” ao Líbano só virá depois que um presidente for eleito e depois que as reformas necessárias para acessar bilhões de dólares em empréstimos de credores internacionais forem promulgadas, acrescentou.
Representantes das cinco nações se reuniram na semana passada em Paris para discutir os problemas do Líbano.
A comunidade internacional há muito tempo pede aos líderes libaneses que acabem com meses de disputas políticas e contenham o colapso financeiro.
Mas a tomada de decisões na política libanesa pode levar meses de negociação entre líderes sectários apoiados por estrangeiros, com a eleição de Aoun em 2016 ocorrendo depois de mais de dois anos sem um presidente.
Na ausência de ação política, o valor de mercado da lira libanesa atingiu uma nova baixa recorde na segunda-feira de mais de 68.000 para o dólar americano.
Os legisladores divididos do Líbano fizeram 11 tentativas frustradas de nomear um novo presidente e não se reúnem desde 19 de janeiro.
