O presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, disse que não convocaria uma sessão para eleger um novo presidente até que a legislatura aprove reformas pré-condições para um resgate do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Um acordo com o FMI é visto como a única maneira de o Líbano se recuperar de um colapso financeiro que mergulhou o país em sua crise mais desestabilizadora desde a guerra civil de 1975-90.
O mandato de seis anos do presidente Michel Aoun termina em 31 de outubro, e os principais políticos expressaram preocupação com nenhum sucessor sendo encontrado – alertando para um impasse institucional ainda maior, dado que o Líbano também está sem um governo em pleno funcionamento desde maio.
“Não pedirei uma sessão de eleição presidencial até que as leis de reforma exigidas pelo FMI sejam aprovadas”, disse Berri durante uma reunião com jornalistas em sua residência em Beirute, em comentários confirmados à Reuters por seu escritório.
Ele disse que o Parlamento deve trabalhar para aprovar as leis de reforma em agosto, apontando para a necessidade urgente das medidas.
Berri disse na sexta-feira (29) que seria necessário um “milagre” para que um governo fosse formado tão cedo. Ele não elaborou.
De acordo com a Constituição, o presidente emite o decreto nomeando um novo primeiro-ministro com base em consultas vinculativas com os deputados, e deve co-assinar sobre a formação de qualquer novo gabinete.