
Dois importantes senadores do comitê de relações exteriores do Senado dos Estados Unidos pediram nesta terça-feira (25) ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que apoie os candidatos presidenciais libaneses que “prestarão contas ao povo libanês” após quase seis meses de vazio no executivo do país.
O Líbano está sem um presidente desde o fim do mandato do ex-presidente Michel Aoun em 31 de outubro, enquanto um governo interino cuida dos assuntos locais desde maio.
Em uma carta endereçada a Biden na terça-feira, os senadores norte-americanos Jim Risch e Bob Menendez disseram que continuam “desencorajados pelo impasse político em curso, arquitetado pelo Hezbollah e seus aliados, como Nabih Berri, para desgastar a oposição ao seu candidato preferido às custas de candidatos com apoio mais amplo que estão mais dispostos a enfrentar os muitos desafios do Líbano”.
“Pedimos veementemente ao seu governo que reforce claramente a necessidade urgente da formação de um governo libanês que esteja comprometido em governar de forma transparente e atender às necessidades desesperadas do povo libanês, em vez de enriquecer comparsas ou permitir que grupos como o Hezbollah descarrilem ainda mais a democracia libanesa”, acrescentaram os senadores.
“Jogos processuais à custa de reformas significativas e boa governança só servem para minar a estabilidade libanesa e regional.”
Enquanto isso, a França é acusada de apoiar a candidatura de Frangieh em troca da designação de Nawaf Salam – ex-embaixador libanês na ONU e atual juiz da Corte Internacional de Justiça – como primeiro-ministro.
Em dezembro de 2022, Risch e Menendez enviaram uma carta a Biden pedindo que seu governo impusesse sanções aos legisladores libaneses por dificultar a formação de um novo governo e a reforma financeira.
Washington recentemente emitiu novas sanções contra uma rede internacional de 52 indivíduos e entidades que operam a partir do Líbano, Emirados Árabes Unidos e Grã-Bretanha que supostamente apoiaram Nazem Said Ahmad, um empresário libanês suspeito de financiar o Hezbollah.