Em 4 de agosto de 2020, uma enorme explosão no porto de Beirute atravessou a capital do Líbano, matando mais de 200 pessoas, ferindo milhares e deixando 300.000 deslocados.
A explosão, que é considerada uma das maiores explosões não nucleares que foram registradas, danificou 77.000 apartamentos e causou um prejuízo estimado em US$ 3,8-4,6 bilhões.
A explosão do porto de Beirute matou muitos libaneses, incluindo cidadãos da Síria, Egito, Etiópia, Bangladesh, Filipinas, Paquistão, Palestina, Holanda, Canadá, Alemanha, França, Austrália e Estados Unidos. Feriu mais de 6.000 pessoas, das quais pelo menos 150 adquiriram uma deficiência física; causou danos psicológicos incalculáveis; e danificou 77.000 apartamentos.
Pelo menos três crianças entre 2 e 15 anos perderam a vida. Trinta e uma crianças necessitaram de internação, 1.000 crianças ficaram feridas e 80.000 crianças ficaram sem casa.
A explosão afetou 163 escolas públicas e privadas e tornou metade dos centros de saúde de Beirute não funcionais, e impactou 56% das empresas privadas em Beirute.
Houve danos extensos à infraestrutura, incluindo transporte, energia, abastecimento de água e saneamento, e serviços municipais que totalizaram US$ 390-475 milhões em perdas. De acordo com o Banco Mundial, a explosão causou um prejuízo material estimado em US$ 3,8,8 bilhões.
O nitrato de amônio, comumente usado para fazer fertilizantes e explosivos, chegou a Beirute em 2013 em um navio com bandeira da Moldávia que se dirigia da Geórgia a Moçambique.
O navio mercante Rhosus, de propriedade de um empresário russo, foi forçado a atracar em Beirute depois de enfrentar problemas técnicos no mar, de acordo com advogados que representam a tripulação do barco.
O navio foi posteriormente apreendido pelas autoridades libanesas por não pagar taxas portuárias. Em 2014, a carga do navio acabou sendo descarregada e armazenada em um armazém no porto.
Nos anos que se seguiram, uma série de avisos de segurança foram enviados a vários funcionários de alto nível, mas nada foi feito.