Desde 7 de outubro e o início de ataques entre o Hezbollah e Israel no sul do Líbano, o setor de restaurantes libaneses registrou uma queda de até 80% nos negócios, de acordo com o sindicato de restaurantes, boates e cafés.
O turismo, responsável por 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do Líbano, foi duramente atingido. Devido à situação instabilidade no país, a Austrália, França, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos e muitas outras nações não apenas pediram a seus cidadãos que não visitem o Líbano, mas aconselharam aqueles que estão no país a sair enquanto ainda há voos comerciais disponíveis.
Os alertas foram feitos quando companhias aéreas como Lufthansa, SWISS e Saudia cancelaram seus voos. Em 20 de outubro, a companhia aérea libanesa Middle East Airlines anunciou que estava reduzindo seus voos “devido às circunstâncias em curso na região e à cobertura de seguro reduzida para riscos de aviação em tempos de guerra”.
A decisão levou a uma queda de 80% nos voos da companhia aérea libanesa. No aeroporto de Beirute – o único do país – agora há poucos aviões na pista, sem filas e quase nenhum passageiro.
Em 22 de outubro, o governo libanês anunciou que estava desenvolvendo um plano de emergência para o caso de uma guerra. As medidas incluíam a segurança de infraestruturas-chave, como o aeroporto de Beirute, portos e estradas principais, que foram bombardeadas por Israel durante seu conflito com o Hezbollah em 2006.
Mas o Líbano e a região estão em uma situação diferente, mais desafiadora, do que em 2006: o sistema bancário do Líbano era relativamente normal naquela época, o que permitiu que o banco central fornecesse liquidez aos bancos, se necessário, durante a guerra; da mesma forma, ainda havia confiança nos sistemas financeiros e milhões de expatriados libaneses ainda enviavam moeda estrangeira para o país.
Em 2006, embora o aeroporto de Beirute tenha sido bombardeado, a Middle East Airlines continuou a operar a partir de Damasco durante todo o conflito de um mês e bens e pessoas ainda eram capazes de cruzar a fronteira para a Síria. Mas a guerra na Síria e os frequentes ataques aéreos israelenses no aeroporto de Damasco significam que essa opção acabou.
O ministro da Economia do Líbano, Amin Salam teme que o país seja devastado com uma possível guerra, “tudo o que está acontecendo agora está se somando… outra camada de caos e falta de atenção às reformas necessárias para reconstruir a economia libanesa porque… quando algo assim aumenta, damos 10 passos para trás”, disse Salam.