
Beirute, 17 de fevereiro – A poucas horas do prazo final para a retirada israelense do sul do Líbano, conforme estipulado no cessar-fogo com o Hezbollah, declarações de autoridades israelenses indicam que o exército poderá manter posições na região, colocando em dúvida o cumprimento integral do acordo.
O ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, afirmou que as Forças de Defesa de Israel (FDI) permanecerão em cinco locais considerados estratégicos. Essa decisão contraria os termos do cessar-fogo, que exigem a retirada total das tropas israelenses e a presença exclusiva do exército libanês na região.
A incerteza sobre a retirada ocorre em um momento de alta tensão. Neste fim de semana, Israel realizou um ataque aéreo em Sidon, matando Mohammad Shaheen, que o exército israelense identificou como membro do Hamas. O ataque, levanta preocupações sobre a escalada do conflito e a violação da soberania libanesa.
O governo libanês e lideranças regionais alertam que qualquer permanência militar israelense no sul do país representará uma violação direta do acordo de cessar-fogo, podendo desencadear novas hostilidades. Além disso, o Hezbollah já declarou que não aceitará a presença contínua das forças israelenses no território libanês.
Enquanto o prazo final se aproxima, cresce a preocupação de que a falta de cumprimento do acordo por parte de Israel possa reacender o conflito e desestabilizar ainda mais a região.