
Beirute, 17 de fevereiro de 2025 – A poucas horas do prazo final para a implementação do cessar-fogo, o presidente libanês Joseph Aoun manifestou preocupação quanto à retirada total das tropas israelenses do sul do Líbano. Durante uma reunião em Baabda, Aoun enfatizou que a resposta do Líbano dependerá de uma posição nacional coesa e que o país recorrerá à diplomacia para evitar um novo conflito.
“O inimigo israelense não é confiável e tememos que a retirada completa não seja alcançada amanhã”, declarou o presidente. “A resposta libanesa será por meio de uma posição nacional unificada e inclusiva. A opção de guerra não funciona e vamos recorrer à via diplomática, porque o Líbano não pode mais tolerar uma nova guerra”.
Apesar das incertezas, o chefe de Estado assegurou que o exército libanês está preparado para ocupar as áreas das quais as forças israelenses se retirarem. A presença das Forças Armadas nas aldeias do sul tem sido vista como um elemento crucial para garantir estabilidade e evitar um possível vácuo de segurança na região.
A Questão do Hezbollah e o Futuro da Segurança Nacional
Ao abordar o futuro do país e as dinâmicas internas de segurança, Aoun mencionou que a questão das armas do Hezbollah será tratada dentro de uma estrutura de soluções aceitas pelos libaneses. O grupo, considerado uma força significativa no equilíbrio político e militar do país, continua sendo um tema sensível tanto para o Líbano quanto para a comunidade internacional.
A retirada israelense, se concretizada integralmente, será um marco na implementação do cessar-fogo. No entanto, a incerteza expressa pelo presidente reflete as tensões que persistem na região e a complexidade dos desafios que o Líbano enfrentará nos próximos dias.
Enquanto a diplomacia se movimenta nos bastidores, o sul do país aguarda ansiosamente os desdobramentos do prazo final para a retirada das tropas israelenses. O que acontecerá nas próximas 24 horas poderá definir os rumos da estabilidade ou de uma nova escalada na região.