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“Israel tenta consolidar presença no sul do Líbano em vez de se retirar”, diz especialista

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Israel continua atacando no sul do Líbano. Imagem: Exército Israelense

O cenário no sul do Líbano permanece tenso, com o futuro dos próximos 20 dias de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah altamente incerto, segundo Filippo Dionigi, professor de relações internacionais da Universidade de Bristol.

Os ataques israelenses ocorridos no domingo resultaram na morte de 24 libaneses e deixaram 134 feridos, aprofundando o sofrimento de uma região já devastada pela violência.

Dionigi, apontou que a situação pode continuar a escalar:

“É possível que vejamos uma continuação das tensões — possivelmente até mesmo incidentes mais mortais como os que testemunhamos ontem.”

O dilema do Hezbollah

Segundo o especialista, o Hezbollah, cujas capacidades militares foram severamente reduzidas em cerca de 50-70%, pode não estar disposto a intensificar o conflito no momento:

“Eles podem não ter apetite para reacender o conflito.”

Israel e a estratégia de ocupação prolongada

Enquanto isso, Dionigi observou que Israel tem demonstrado, nos últimos meses, a capacidade de agir no Líbano sem enfrentar grandes consequências internacionais. Ele destacou que o governo israelense pode estar considerando permanecer no território libanês como uma forma de pressionar pela implementação das condições do cessar-fogo, em vez de cumprir o prazo estipulado para sua retirada.

“[Israel] está provavelmente tentado a simplesmente permanecer no Líbano e tentar pressionar a implementação das condições do cessar-fogo através da sua presença, em vez de se retirar do território libanês.”

O impacto para os civis

A postura israelense e a prolongada presença militar na região têm colocado os moradores libaneses em uma situação cada vez mais desesperadora. Os ataques de domingo e a possibilidade de novos confrontos nos próximos dias alimentam o temor de que a região esteja caminhando para uma escalada ainda mais grave.

Autoridades libanesas continuam a apelar à comunidade internacional por uma ação imediata que garanta o respeito ao cessar-fogo e impeça novos atos de violência contra civis.