O Líbano prendeu cinco agentes de Segurança do Estado no sábado (03) sob suspeita de torturar até a morte um detento sírio, na última alegação de abuso contra os serviços de segurança, disse à AFP.
As prisões ocorreram por ordem do comissário do governo para os tribunais militares, Fadi Akiki, que havia ordenado uma investigação sobre a morte no mês passado sob custódia.
O jovem sírio “morreu dentro de três horas após ser submetido a severas torturas e espancamentos que desencadearam um ataque cardíaco”, disse a AFP, acrescentando que o detido foi declarado morto ao chegar ao hospital.
Os agentes de Segurança do Estado prenderam Bashar Abdel Saud em 31 de agosto e o levaram para uma instalação da agência em Bint Jbeil, no sul do Líbano, para interrogatório com outros detidos.
Os agentes queriam obter uma confissão do suspeito de que ele era o líder de uma célula” ligada ao ISIS, mas ele “persistiu em negar.
A agência de segurança do Estado, que já enfrentou múltiplas alegações de tortura no passado, disse que a morte de Abdel Saud foi encaminhada às “autoridades competentes”.
O Líbano aprovou uma lei que proíbe o uso de tortura em setembro de 2017.