O presidente libanês Joseph Aoun reafirmou a posição do país contra qualquer adiamento na retirada das tropas israelenses do sul do Líbano, conforme estabelecido pelo acordo de cessar-fogo. Durante um encontro com o ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty, Aoun destacou que Beirute “rejeita qualquer atraso sob qualquer pretexto” e mantém o compromisso com o prazo de 18 de fevereiro para a retirada israelense.
A declaração veio em um momento de crescente tensão na região. Conforme reportado anteriormente, ataques israelenses no leste do Líbano, na noite passada, mataram duas pessoas e deixaram outras 10 feridas, segundo autoridades locais.
Pressão diplomática e reação internacional
A posição firme do governo libanês ocorre em meio a intensos esforços diplomáticos para garantir que Israel cumpra o acordo. O Egito, um dos principais mediadores da trégua, tem buscado reforçar a estabilidade regional e evitar uma nova escalada do conflito.
Além disso, líderes libaneses vêm pressionando a comunidade internacional para garantir que Israel respeite os termos acordados. Até o momento, no entanto, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já indicou que pode manter soldados no Líbano além do prazo estipulado, o que gerou forte reação por parte de Beirute.
O futuro do cessar-fogo
Com a proximidade do prazo para a retirada israelense, cresce a preocupação sobre uma possível nova onda de violência caso o acordo não seja respeitado. Especialistas alertam que qualquer permanência de tropas israelenses após 18 de fevereiro poderia reacender confrontos na região, colocando em risco o frágil equilíbrio do cessar-fogo.
O Líbano segue mobilizando esforços para garantir que a retirada ocorra conforme o planejado, enquanto observa atentamente os próximos passos de Israel e da comunidade internacional.