
Enquanto os confrontos continuam, Israel apresentou uma queixa ao comitê liderado pelos EUA que supervisiona o cessar-fogo no Líbano, acusando o Irã de enviar malas cheias de dólares americanos para o Hezbollah através do aeroporto internacional de Beirute. Segundo uma autoridade de defesa americana citada pelo Wall Street Journal, cidadãos turcos estariam sendo usados para contrabandear dinheiro de Istambul para Beirute.
O governo libanês rejeitou as acusações, e uma autoridade de segurança local afirmou que o aeroporto de Beirute opera sob rígido controle militar para evitar qualquer tipo de contrabando.
Crescente Instabilidade Regional
Desde o início da guerra em Gaza, em outubro de 2023, os ataques transfronteiriços entre o Hezbollah e Israel aumentaram drasticamente. Israel intensificou bombardeios a cidades libanesas, afirmando que visa posições do Hezbollah. O Líbano, por sua vez, denuncia centenas de mortes de civis e a destruição de infraestrutura essencial.
O sul do Líbano continua sob intensos ataques israelenses, resultando em novas vítimas civis e aprofundando a crise humanitária na região. Apesar do acordo de cessar-fogo firmado em 27 de novembro, que determinava a retirada das tropas israelenses até o próximo dia 18, Israel já declarou que não cumprirá o prazo, aumentando as tensões entre os dois países.
O presidente libanês, Joseph Aoun, reafirmou que o Líbano “não aceitará nenhum atraso na retirada israelense sob qualquer pretexto”, reforçando o compromisso com a soberania nacional. No entanto, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já indicou que pretende manter a presença militar no território libanês, alegando razões de segurança.
O futuro do cessar-fogo e da retirada israelense ainda é incerto, mas a negativa de Israel em deixar o território libanês pode desencadear uma nova fase de conflito armado na região. Enquanto isso, líderes libaneses seguem pressionando a ONU e a comunidade internacional para evitar uma escalada ainda maior da violência.