O presidente da Carita Líbano, padre Michel Abboud, alerta sobre a trágica situação que o país vive e convoca a comunidade internacional e a diáspora libanesa a agirem imediatamente.
Ele explica que o acesso a medicamentos e cuidados de saúde é particularmente difícil. “Sempre se encontra um pedaço de pão, mas não tendo remédio, é terrível. Os hospitais não têm os recursos necessários para pagar a equipe médica ou operar os equipamentos. Estamos em uma situação crítica, mas não queremos morrer enquanto aguardamos a solução de tantos problemas.”

Devido a essa escassez de medicamentos, a Associação dos Farmacêuticos anunciou um dia de greve na sexta-feira (17) para protestar contra o agravamento progressivo da situação e a ausência de produtos de primeira necessidade, como medicamentos ou fórmulas infantis.
Para o presidente da Caritas Líbano, “essa falta de abastecimento deve-se provavelmente à especulação” e ao mercado negro.

“Antes um salário valia mil dólares, agora vale cem. O custo de vida está aumentando em todas as áreas. Existe uma gritante diferença entre a maioria da população libanesa que sofre com a crise e um pequeno grupo de privilegiados que parece estar melhor do que os demais. Isso significa que há dinheiro lá fora”, declara o padre.