Israel reforçou todos os esquemas de segurança nas últimas horas e está preocupado com possíveis ataques desde a invasão do ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, a Mesquita de Al-Aqsa, hoje mais cedo. No país, muitos acreditam que Ben Gvir está brincando com fogo e corre o risco de atrair árabes israelenses para o conflito em andamento.
Al-Aqsa fica no coração da Cidade Velha de Jerusalém, em uma colina conhecida pelos palestinos e pelos muçulmanos do mundo todo como al-Haram al-Sharif, ou o Nobre Santuário. Os judeus o chamam de Monte do Templo.
Os muçulmanos consideram o local o terceiro mais sagrado do islamismo, depois das mesquitas de Meca e Medina, ambas na Arábia Saudita.
Al-Aqsa é o nome dado a todo o complexo e abriga dois locais sagrados muçulmanos: o Domo da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa, também conhecida como Mesquita Qibli, que foi construída no século VIII.
Israel considera toda Jerusalém como sua capital indivisível – um status não reconhecido internacionalmente. Os palestinos querem Jerusalém Oriental ocupada, onde o complexo está localizado, como capital de um estado.
O complexo da Mesquita de Al-Aqsa é administrado por uma fundação religiosa jordaniana (Waqf) e, segundo regras que datam de décadas, os judeus têm permissão para visitá-lo, mas não para rezar.
Anteriormente, relatamos que o linha-dura israelense Itamar Ben-Gvir disse que os judeus deveriam ter permissão para rezar no complexo da Mesquita de Al-Aqsa. O Waqf Islâmico disse que cerca de 2.250 judeus entraram no local na terça-feira.
O porta-voz do presidente palestino Mahmoud Abbas denunciou a visita de Ben-Gvir como uma “provocação” e pediu aos Estados Unidos que intervenham “se quiserem evitar que a região exploda de forma incontrolável”.