Em meio a uma crescente tensão no sul do Líbano, a principal autoridade da ONU no país, Jeanine Hennis-Plasschaert, enfatizou a importância de manter o compromisso com o novo prazo de cessar-fogo, que foi estendido até 18 de fevereiro. A renovação do acordo de cessar-fogo é vista como um passo positivo, especialmente após os recentes ataques israelenses que resultaram na morte de pelo menos 25 pessoas desde o último domingo.
Em uma publicação no X, Hennis-Plasschaert afirmou que “a formalização da extensão do cronograma para a retirada do exército israelense e a implantação do exército libanês no sul do Líbano renova a esperança para aqueles deslocados de suas casas e vilas”. Ela ressaltou a necessidade de um “firme compromisso de todas as partes para cumprir os prazos acordados”, destacando que a implementação eficaz da Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU é crucial para a estabilidade da região.
A resolução, que visa assegurar o cessar-fogo e a retirada das tropas israelenses, foi inicialmente acordada em 2006, mas a implementação tem sido marcada por desafios e tensões contínuas. A recente escalada de violência, que resultou em várias vítimas fatais, expôs as fragilidades do processo de paz e a urgência de um acordo mais firme entre as partes envolvidas.
O exército israelense, que deveria ter se retirado da região no início desta semana, tem permanecido em algumas áreas, contrariando o cronograma estipulado. Isso gerou um aumento das tensões, com a população local em estado de alerta e aguardando uma solução definitiva para a crise.
A ONU continua a monitorar a situação de perto, com a esperança de que a extensão do cessar-fogo traga alívio para as comunidades afetadas pela violência. O chamado de Hennis-Plasschaert é claro: sem um comprometimento genuíno com o cumprimento dos acordos, o futuro da paz na região permanece incerto.