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Geagea critica o governo libanês e o Hezbollah por mortes no sul do Líbano

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Samir Geagea faz duras críticas contra o Governo Libanês e Hezbollah. Imagem: Arquivo Pessoal

O líder do Partido das Forças Libanesas, Samir Geagea, fez duras críticas ao governo libanês e ao Hezbollah após os recentes ataques israelenses no sul do país, que deixaram 24 mortos e mais de 130 feridos. Geagea afirmou que o atual governo “prova que não existe” e acusou o Eixo da Resistência, composto pelo Irã e seus aliados, de “não valorizar a vida das pessoas”.

“O governo libanês deveria ter comunicado aos residentes as áreas das quais o exército israelense se retirou e aquelas que continuam ocupadas, em vez de permitir que certas partes usem essas cenas trágicas para interesses próprios, causando a morte de cidadãos”, declarou Geagea.

Ele também criticou o Hezbollah por, segundo ele, “explorar o vácuo governamental e empurrar os cidadãos para um perigo iminente, sem se importar com as consequências”. Geagea argumenta que as mortes resultantes da tentativa de retorno dos moradores às suas vilas poderiam ter sido evitadas com uma ação mais eficaz por parte das autoridades libanesas.

“O governo deveria ter instruído o exército libanês a organizar a entrada segura dos cidadãos nas aldeias que não apresentam risco, impedindo-os de acessar áreas ainda ocupadas pelas forças israelenses. Proteger a vida das pessoas é responsabilidade do governo libanês, não de Israel”, afirmou o líder político.

Geagea acusou o Hezbollah de sacrificar vidas desnecessariamente em um movimento que, segundo ele, não teria impacto algum na posição de Israel. “Empurrar mais de 20 cidadãos para uma morte certa é inútil e só demonstra desprezo pela vida humana”, declarou.

As declarações do líder das Forças Libanesas aumentam o tom de tensão política no país, que já enfrenta uma grave crise econômica, social e de segurança. Enquanto as forças israelenses continuam no sul do Líbano, o debate sobre as responsabilidades internas em proteger os civis e a soberania nacional se intensifica.

O governo libanês e o Hezbollah ainda não responderam diretamente às acusações de Geagea.