O presidente francês Emmanuel Macron, afirmou que continua fortemente envolvido nos esforços internacionais para apoiar o Líbano, que está em colapso econômico desde 2019. Ele explicou que a França continuará agir para inventar soluções para o país, que enfrenta um colapso econômico e financeiro sem precedentes antes das eleições de 15 de maio.
“Nós seguimos uma política independente e com diplomacia. O papel da França não é ceder às grandes divisões que paralisam, mas saber trocar com cada poder, continuar a construir novas alianças do Indo-Pacífico ao Oriente Médio, continuar a agir para inventar soluções para o Líbano, tão amado”.
Macron visitou o Líbano duas vezes em 2020, em agosto e setembro, após a trágica explosão mortal no porto de Beirute em 4 de agosto daquele ano.
O presidente francês e o príncipe herdeiro saudita Mohammad bin Salman (MBS) anunciaram em 4 de dezembro de Jeddah que queriam “se envolver plenamente” para reviver os laços entre Beirute e o reino, que foram danificados pelo crescente poder do Hezbollah.
O anúncio acrescentou que as armas no Líbano precisam se limitar a “instituições estatais legítimas” e que o Líbano não deve ser uma “plataforma de lançamento para atos terroristas” e “tráfico de drogas”, uma referência às repetidas acusações de Riade de que o Hezbollah representa uma ameaça à segurança do reino.
França e Arábia Saudita também anunciaram a criação de um “mecanismo de apoio humanitário franco-saudita” para o Líbano, ao qual os Emirados Árabes Unidos aderiram em janeiro.
Com a aproximação das eleições legislativas libanesas, e após intensos pressões da França, a Arábia Saudita e os outros países do Golfo parecem prontos para voltar ao jogo político libanês. Mas passos concretos para esse fim ainda estão pendentes. Na sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores do Líbano, Abdallah Bou Habib, disse que o Líbano não recebeu nenhum sinal do retorno dos embaixadores do Golfo.