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Situações de extrema pobreza se tornaram rotina pelas ruas do Líbano

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Hoda, uma libanesa de 57 anos, procura em um contêiner de lixo, em Beirute, Líbano, sábado, 13 de janeiro de 2022. Enquanto o Líbano enfrenta uma das piores crises financeiras do mundo na história moderna, agora até mesmo seu lixo se tornou uma mercadoria nas ruas. Imagem: AP/Lujain Jo)

Cenas de pessoas buscando alimentos em depósitos de lixo,  é uma triste rotina para uma parte da população do Líbano. As imagens são chocantes. A realidade de revirar o lixo se tornou usual após o colapso econômico que o país enfrenta desde 2019 e foi agravada com a explosão do porto de Beirute e a pandemia, projetando esse drama de forma inédita.

Mais da metade da população se enquadra na pobreza. A moeda local está desvalorizada em mais de 90% em relação a moeda americana. Os bancos limitaram saques. Os produtos de consumos diários ficaram inacessíveis. Os medicamentos e alimentos sumiram das prateleiras e quem chega do exterior, chega com as malas repletas de remédios e comida.

Andando pelo bairro de Hamra, é possível ver pessoas disputando lixo para comer. Cresceu o agravamento da fome e da insegurança alimentar pelo país. A atual situação do Líbano intensificou a desigualdade. Antes havia muitos refugiados buscando comida nos restos jogados fora, mas hoje existem mais pessoas nessa situação. São famílias libanesa, como a da Hoda de 57 anos. Muita gente perdeu tudo e não tem como sobreviver.

“Os políticos que nos governam merecem ser queimados, eles são a razão pela qual estamos aqui. Eles comem com colheres de ouro enquanto procuramos um pedaço de pão para comer do chão”, disse revoltada Hoda.